Manual de cabeceira: informações pré-operatórias

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O conhecimento e o entendimento das informações prestadas pelo médico são muito importantes antes da realização de qualquer Cirurgia Plástica.

 

Para você que está se preparando para fazer qualquer procedimento, montamos esse pequeno manual de cabeceira”. Todas essas instruções são fornecidas durante a primeira consulta e consultas subsequentes, mas vale ter essas informações, caso surja alguma dúvida durante o processo.
As condutas propostas são conduzidas de acordo com os princípios éticos básicos de respeito pelo ser humano, da minimização de resultados insatisfatórios ou não desejados, dentro de uma conduta adequada e cientificamente aceita.
Existem alguns fatores na evolução da cirurgia que não dependem da atenção do cirurgião plástico, e, portanto, “não lhe será possível garantir resultados”. Por exemplo: a qualidade de cicatrização que o paciente vai apresentar está intimamente ligada a fatores hereditários e hormonais, além de outros elementos, que podem influenciar no resultado final de uma cirurgia, sem que o cirurgião possa interferir.
Como resultado da cirurgia vão existir uma ou mais cicatrizes, que são permanentes. Todos os esforços são feitos para torná-las menos evidentes. Uma técnica apurada e cientificamente aceita pode colaborar no sentido de minimizar diversas dessas situações. A colaboração plena do paciente, seguindo as instruções dadas pelo cirurgião, no pós-operatório também é importantíssimo para o resultado final.

 

Cuidados pré-operatórios em cirurgia plástica

As cicatrizes são consequência da cirurgia, portanto, pondere quanto à conveniência de conviver com elas após a cirurgia: elas nada mais são do que indícios deixados em lugar de outro defeito anteriormente existente na região operada.

 

Se houver uma evolução desfavorável da cicatriz, desde que a intervenção tenha sido realizada sob padrões técnicos, cientificamente aceitos, é provável que o organismo não tenha reagido como se esperava.

 

Para avaliação das cicatrizes é importante levar em consideração os três períodos que caracterizam o processo de cicatrização. Isso pode variar de tempo, dependendo de fatores individuais como: a região operada, espessura da pele, substâncias tóxicas, hormônios, etc. São eles:

 

 

  1. O período imediato vai até o 30º dia após a cirurgia: Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.

 

  1. O período mediato vai do 30º dia até o 8º ou 12º mês: Neste período há espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor. Este período é o menos favorável da evolução cicatricial; como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos aos pacientes que aguardem, pois, o período tardio vai se encarregar de diminuir os vestígios cicatriciais.

 

  1. O período tardio, após o 12º mês. Neste período, a cicatriz começa a ficar mais clara e menos consistente, atingindo seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo das cirurgias deve ser feita após este período. Apesar da maioria já apresentar cicatrizes maduras nos 12 primeiros meses, alguns pacientes apresentam modificações do aspecto cicatricial até mesmo após o 18º mês.

 

Mas é importante esclarecermos os seguintes pontos:

 

Pode haver inchaço (edema) na área operada que, eventualmente, vai permanecer por semanas, menos frequentemente por meses e, apesar de raro, pode ser permanente.

 

Pode haver alteração da pigmentação cutânea com aparecimento de manchas ou descoloração nas áreas operadas que podem permanecer por alguns dias ou semanas – menos frequentemente por meses e raramente permanentes.

 

A ação solar ou a iluminação fluorescente podem ser prejudiciais, no período pós-operatório.

 

Pode haver líquidos, sangue e/ou secreções acumulados nas áreas operadas, requerendo drenagem e/ou curativos cirúrgicos e/ou revisão cirúrgica em uma ou mais oportunidades.

 

Pode haver áreas de pele, em maior ou menor extensão, com perda de vitalidade biológica, por redução da circulação sanguínea, acarretando alterações, podendo levar a ulcerações e até necrose de pele, que são reparáveis através de curativos ou até em novas cirurgias, com o objetivo de chegar a um resultado o mais próximo possível da normalidade.

 

Há a possibilidade de perda de sensibilidade nas partes operadas. Tais alterações podem ser parciais ou totais por um período indeterminado de tempo e, apesar de raro, podem ser permanentes.

 

Pode haver dor ou prurido (coceira, ardor) no pós-operatório em maior ou menor grau de intensidade por um período de tempo indeterminado.

 

Ocasionalmente, pode haver transtornos do comportamento afetivo, em geral, na forma de ansiedade, depressão ou outros estados psicológicos mais complexos.

 

É certo que tabagismo, uso de tóxicos, drogas e álcool são fatores que eventualmente não impedem a realização de cirurgias, mas podem determinar complicações pós-operatórias.

 

É sabido que durante o ato operatório existem aspectos que não podem ser previamente identificados e, por isso, eventualmente vão necessitar de procedimentos adicionais ou diferentes daqueles inicialmente programados.

 

Caso haja necessidade de cirurgias complementares para melhorar o resultado obtido ou corrigir um insucesso eventual, está claro que os custos de material, da instituição hospitalar e de anestesia não são de responsabilidade do cirurgião e sim do paciente, mesmo quando não se estabeleçam honorários profissionais.

 

Caso haja qualquer dúvida antes da cirurgia plástica, entre em contato com seu médico. Se puder, faça mais consultas até sentir total segurança para a realização do procedimento.

 

Saiba mais

 

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